Dia mundial da alimentação –


Publicado em 15/10/2012

Em uma ação realizada no início do mês em Porto Alegre, trocamos os pratos tradicionais do buffet de um restaurante de grande fluxo por outros 20% menores — nos quais literalmente faltava um pedaço. A ideia era chamar a atenção para os 20% de alimentos que são desperdiçados diariamente no Brasil — campeão mundial no índice.

Em uma ação realizada no início do mês em Porto Alegre, trocamos os pratos tradicionais do buffet de um restaurante de grande fluxo por outros 20% menores — nos quais literalmente faltava um pedaço. A ideia era chamar a atenção para os 20% de alimentos que são desperdiçados diariamente no Brasil — campeão mundial no índice.

Empresas, tendências atuais (trends)


 

As características abaixo foram retiradas do livro COSTIN, Cláudio__ Criando alianças estratégicas entre universidades e empresas: o caso UNIEMPPg. 1804 Quadro 1.1.1, pág. 246

O quadro foi adaptado de Wood _ Teoria e mudança organizacional: ciência ou arte? Dissertação de mestrado EAESP, São Paulo, FGV, 1992

Mudanças organizacionais e tendências

TENDENCIAS DECLINANTES TENDENCIAS ASCENDENTES
Características do trabalho 

Reprodutividade

Características do trabalho 

Criatividade

Rigidez Flexibilidade
Divisão de tarefa Interfaces nebulosas, Redundâncias e 

Multi-especialização.

Formação prévia Aprendizado contínuo/Múltiplos modelos
Liderança autoritária Liderança representativa
Estruturas organizacionais  

Hierarquia vertical

Estruturas organizacionais 

Redução de níveis

Rede matricial Grupos em redes
Centralização Descentralização. Autonomia
Perenidade Instabilidade como fator de evolução
Aglutinação de funções Terceirização
Características da administração  

Foco no capital

Características da administração 

Foco nos recursos humanos e na informação

Formas quantitativas Visão comum, identidade e valores compartilhados.

U.S. cyclist save 4.6 billion per year by biking


U.S. Cyclists Save $4.6 Billion Per Year by Biking

Brand0con/CC BY 2.0

 

While the health benefits of biking are well-documented for both cyclists and the planet, it turns out that the U.S. economy is a bit more in the pink thanks to all that pedaling.

Sure, the simple act of cycling instead of driving can reduce carbon footprints and trim waistlines, but it adds more than just a little girth where it counts — the pocketbook. According to a new report from the League of American BicyclistsSierra Club, and National Council of La Raza (NCLR), cyclists in the U.S. save a whopping $4.6 billion every year on gas and transportation costs.

And, if all other commuters made even minor adjustments to their four-wheeled, gas-guzzling routines, that figure could be nearly doubled.

Considering that average annual cost of operating a car ($8,220) versus that of a bike ($308), the push towards more cyclists commuting doesn’t just make environmental sense, it makes fiscal sense as well.

From the Sierra Club:

Forty percent of all trips are made within two miles of home. Analysis by the Sierra Club shows that if American drivers were to make just one four-mile round trip each week with a bicycle instead of a car, they would save nearly 2 billion gallons of gas. At $4 per gallon, total savings would be $7.3 billion a year.

“Biking is an important piece of a 21st century transportation system,” said Sierra Club Executive Director Michael Brune. “Biking reduces America’s dependence on oil and lets individuals bypass the gas pump, saving individuals money and protecting our health and environment from dirty oil pollution.”

Tags: Bikes

Fonte http://www.treehugger.com/bikes/us-cyclists-save-46-billion-riding-instead-driving.html

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Por que conhecemos o mundo cada vez menos


Enviado por  em 21/09/2008

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Jornalista alerta que as emissoras estão alienando os norte-americanos ao permitir que os custos de cobertura determinem a pauta.
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TEDTalks em Português (não oficial)
TEDTalks in Portuguese (unofficial)
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Alisa Miller: Porque conhecemos o mundo cada vez menos
http://www.youtube.com/watch?v=wkrpZcn4KHE
Original sem legendas: http://www.youtube.com/watch?v=6Ly7Btx0Stg

A mesa está posta


Advertising in the 80's

Vida de consumidores, paraísos de luxo… nem sempre é assim, e não adianta esticar nossos desejos ao máximo, é absolutamente improvável que consigamos realizar nossas vontades, mesmo que a conta bancária nos possibilite um certo alargamento. Isso acontece porque o status que ambicionamos não se reduz somente às questões de compra e venda, à circulação de mercadorias. Os ambiciosos, a um deteminado passo da vida, se dão conta de que não adianta apenas possuir. Por mais que tenham, não conseguem o green card da aceitação entre os pares que gostariam. Mesmo o clube de milionários tem as suas regras, e você estará jogando com outros que possuem a mesma envergadura que você. Ou maior.

Então, primeiro, é preciso entender as motivações. É preciso que você se coloque na prateleira, seja através do seu currículo, seja através do acúmulo de bens e capitais, seja através do acesso aos bens culturais e de consumo. Primeiro passo, considerando, por óbvio, que você possa bancar sua vida, a de seus possíveis agregados. A entourage deve ser mantida por você.

Segunda regra, é preciso entender a arte do desperdício, que é a indústria do descarte. Como absolutamente nada é definitivo, é necessário implementar uma política pessoal na qual a compra de desnecessidades e seus descartes sejam uma regra geral. Estar up to date é estar de braços com o desperdício.

Terceira regra, é bom que você se deslocalize, ou seja, que não crie raízes em lugar nenhum, que não haja localidades nas quais você se fixe. É imprescindível que você não tenha responsabilidades comunitárias onde quer que seja e, se tiver, que seja para poder ser compensada aqui e ali, ou com um acréscimo de lucro financeiro ou com uma melhoria na sua autoimagem. Há inclusive grandes empresas que estão se dando conta de que vale a pena se associar a empreendimentos sociais de vulto, não por solidariedade, por benemerência ou por qualquer desses sentimentos tão comuns à humanidade, mas para valorizar sua presença no mercado

Quarto, é preciso, a cada instante fazer uma (re), de acordo com o que for mais conveniente, o que significa que é interessante fazer uma (re)leitura social, implementar uma (re)alocação de recursos, estudar uma nova (re)engenharia de pessoal ou de objetivos, (re)construir continuamente a sua autoimagem, (re)projetar novas estratégias e (re)educar-se dentro da comunidade de conhecimento.

Quinta regra, é necessário que você gaste o que não tem (o que se chama de imprevidência, mas outros chamam de investimento) para simplesmente entrar no jogo, jogo esse que não traz nenhuma certeza, visto que estamos vivendo, de há muito, uma época em que a fluidez é a marca maior.

Vida de consumidores, paraísos de luxo… temos de (re)interpretar as regras, os momentos, as oportunidades, sem nos esquecermos, entretanto que nada disso, mesmo elevado à perfeição, tem o condão de nos conduzir exatamente onde queremos, pois nossas vaidades são, em tudo, incomensuráveis e  pelo fato simples de que a estrada do consumo só tem ida.

Mesmo a velha e boa educação não consegue garantir coisa alguma, porque as velocidades entre saber e consumir estão em padrões diferentes. O mundo das universidades, por si próprio, não é passível de nos catapultar onde queremos. As flutuações são indefinidas e, talvez o bom mesmo seja aproveitar cada instante. Nesse ponto, parece que estamos todos de acordo: o primeiro passo para o impossível permanente é, inequivocamente, o desperdício levado a cabo pela promessa de crédito. Enquanto tivermos gás, o balão subirá. Cessado o crédito, cessam as regalias.

Talvez por isso o mundo atravesse uma crise que se funda no crédito. Um dia uns tem de pagar as contas para outros poderem continuar uma ciranda infinita, na qual a exploração não mais é a do trabalho, mas a da fluidez das moedas e da não-produção real.

A educação aponta critérios e padrões, mas os homens infelizes dentro de suas possibilidade maximizam os riscos. Afinal, algum dia alguém irá se penitenciar, alguém irá purgar, alguém irá para o mundo dos destituídos e dos que não podem participar do banquete. Já perto do limite, ou mesmo ultrapassado este, sempre vale o estelionato financeiro sobre o Estado, que passou da condição de garantidor de direitos para o de financiador de má-gestão individual ou corporativa. Tanto faz como desfaz.

Crédito é muito mais do que os néscios querem, é o que lhes sustenta o way of life. Não esqueçamos: embora os acordos e as negociatas permaneçam como sempre foram, é de bom tom que economistas de plantão criem novos termos para (re)inventar o caos.  Se não há mais liquidez, igualmente não há mais responsabilidades. Recorrer ao Meio Público é esfarelar critérios, é aguardar um pouco mais.

Somos todos, portanto, mercadorias. Com arte ou sem arte, com case ou sem case, mas, indubitavelmente, com uma arrogância na qual o cinismo só encontra parâmetro na desfaçatez. Enquanto se reflete a respeito do dito e do não dito, é melhor ir sorvente o que o banquete do consumo nos oferece de melhor. Por favor, sente, a mesa está posta.

Ignorância e consumo


Consumo Descerebrado por Dr Case

Consumo Descerebrado, por Dr Case

http://www.flickr.com/search/?q=consumo&z=e&page=6

Somos ignorantes, e não poderíamos deixar de ser. A ignorância, o não saber, faz parte de uma estrutura que, organizada em rede, nos ajuda a ignorar o mundo. Existe, sem dúvida, uma palavra básica para isso, e muitas intenções ocultas: a palavra é consumo e as intenções são aquelas nas quais nos aferramos para fazer parte do banquete por ele proporcionado.   

Para Bauman, um dos primeiros sinais do consumismo exacerbado é a falta de solidariedade, portanto o estranhamento ao Outro. Para mais dimensionar a nossa ignorância a respeito do que acontece de relevante no mundo, temos a participação coesa da mídia escrita e falada e, além dela, de um mundo imagético, tudo isso marcadamente naturalizado para nos fornecer um ideário no qual as perguntas relevantes deixam de ser feitas, e, portanto, a reflexão igualmente não é realizada.  

Nos retiram deliberadamente a capacidade de reflexão, de pensamento, e nos naturalizam o frívolo, o que já bai ser esquecido na esquina seguinte. Observe algum programa de televisão dedicado às massas e você terá claramente os standards de tal convite à inação intelectual e à quebra de valores. Quantas e quantas vezes você já não presenciou catástrofes acontecerem na frente dos seus olhos, e a clássica pergunta às vítimas de “como elas estão se sentindo” em tais momentos de extrrema e intensa dor? Quantas vezes você já não viu assuntos extremamente delicados e complexos serem tratados como se fossem uma receita de maionese? Quantas infindáveis vezes você já não se deu conta de que os temas, por mais instigantes que sejam, não duram mais que alguns parcos minutos, para depois se misturarem à sessões de entretenimento deprimentes?  

Passamos, em minutos, de um assassinato rumoroso para um novo namorisco de ocasião entre celebridades, de uma grave denúncia para uma receita de pizza, de uma análise economica para uma fofoca apimentada, de um acontecimento político para a última foto nua de uma atriz que vazou para a internet.  

O resultado disso tudo é que perdemos a capacidade de indignação, a não ser quando os nossos cartões de crédito revelam saldos proibitivos. A massificação, o fog de informações e a naturalização de sentimentos díspares, sem que tenhamos tempo suficiente de sequer entendê-los, nos coloca como hommo machina. Nossos desejos, nossos pensamentos são disparados como adrenalina, e não conseguimos mais entender o Outro, menos ainda a nós mesmos. Por isso, talvez, sigamos tendo tantos meios para nos comunicarmos mas um intenso receio de sermos autênticos, de escutarmos nossos pensamentos reais enquanto exprimimos o que desejam que expressemos.  

Nesse sentido, somos tão somente orais.

Ouvidos de mercador


http://br.bing.com/images/search?q=ouvidos+de+mercador+image&FORM=BIFD#x0y615

Reconheço a incerteza e a insensatez de um mundo no qual as pessoas buscam se (re) construir de modo contínuo e às suas auto-imagens, para se sentir integradas e aceitas dentro dos nichos sociais, profissionais ou intelectuais que entendam devam pertencer.

Em uma sociedade de consumidores alienados, mesmo as pessoas se colocam como produtos, o que lhes afeta a própria identidade. Mais do que ter lido, observo mediações ilusórias em meio às mentiras comezinhas, aos olhares mortos, iluminados pela luz âmbar dos interesses, e, especialmente também me integro ao oceano de hipocrisia que parece sustentar a tudo e a todos, como um poder suprassocial que a tudo abarca.

Muitas das pessoas com as quais convivo parecem fazer parte de um carrossel de obviedades, onde a naturalização sem peias as traz como a cabresto, como uma marca de adoração. Tudo ao mesmo tempo e de modo fluido parece importar e desimportar; tudo é espaço aberto para negociações, lucros, perdas, investimentos, como se, de certo modo, todos nós estivéssemos em mercancia.

Convertidos em consumidores que a si mesmos consomem, temos pouco a (re) criar senão nossas próprias ilusões. Claro, aqui estou correndo o risco da generalização. Há muitas pessoas que são basicamente sinceras, dentro do espectro possível relegado à sinceridade dentro de um ambiente eticamente insalubre, no qual há uma interferência por vezes degradante entre o que é espaço público e espaço privado, entre o que busco especificar como área de cordialidade e área de negociação, entre direitos e deveres, entre gritos e sussuros.

A impressão é a de que o mundo todo mergulha em um fog de interdições normalizadas e normatizadas. É difícil manter o caráter, quando as circunstancias lhe convidam diuturnamente à canalhice institucionalizada e, talvez por isso, já naturalizada.

Sou assim convidado a me tornar, metaforica e socialmente, uma rede metabólica, na qual os contatos humanos nada mais são do que instâncias de ações-alvo. Just do it, é o sugere firmemente a Nike, e isso parece ser um padrão bastante claro de comportamento. Agir, sem reflexão, condenarmos nós mesmos a uma flutuação incessante, possivelmente dentro de uma quebra discursiva.

Se as reações metabólicas induzem o incessante desequilíbrio de energias que também define a vida, no dizer de Capra, convivo com um leque de dessintonias sociais que, ao mesmo tempo em que perdura, refaz-se dentro de um espírito de descarte e de mútuas exclusões.

Muitos nos parecem perigosos, nos parecem ameaçar; a impressão que temos é de que são estrangeiros misteriosos, envoltos em brumas, o que nos agudiza o sentimento de insegurança. Somente resta, pois, aguardar que haja um reciclar contínuo, uma permanente troca de atores, mas isso, todos sabemos, é irreal e impossível. Neste baile, dançar como se quer não é requerido, mas dançar como todos dançam é o minimamente necessário. Tal processo naturaliza e equaliza o que, de natural e de equalizador nada possui.

A hipocrisia sacraliza um laço que não deve e não pode ser desatado; ela quem nos aplaca as insatisfações, nos faz sorrir de modo conveniente, nos faz calar quando nosso caráter nos empurra resoluto para a beira do abismo. Renunciamos ao caráter, embora ele lateje e nos acuse a cada vez que o violentamos. Nos acostumamos, talvez demasiadamente, a sermos auto-complacentes conosco e judiciosos com os demais. Afinal, temos de nos defender e isso implica não apenas em aceitação, mas em submetermos nós mesmos ao controle de um status estabelecido. Não somos o que pensamos ser, mas agimos como se fossemos.

A toda contradição se agrega um pouco de realismo, algo que nos diz: “não faça isso”, “não vá por ali”, “pare”, “reflita”, “tenha coragem”, “arrisque-se”. Em resposta, mercadorias que somos, somente nos resta, ao fim e ao cabo, nossos infalíveis e inefáveis ouvidos de mercador.

Vida de ponteiros


 

Fonte:http://www.flickr.com/search/?q=forum+social&z=e&page=2Fórum Social Mundial por RMS - Rede de Mobilização Social

Relógios tem ponteiros, setas que ordenam nossos tempos. Na Idade Média ficavam na Igreja da comunidade e marcavam somente as horas, não os minutos, pois aquelas estavam associadas aos rituais católicos, o que iria mudar drásticamente, quando a revolução industrial começou a se disseminar em vários locais da Europa, com consequencias locais e, mais adiante, com repercussões globais, de acordo com as tecnologias disponíveis na época. O tempo passou a ser dedicado, preferencialmente, à produção, além de o lazer ter sido devidamente demonizado (especialmente o lazer do trabalhador, bem entendido). Assim, os ponteiros dos relógios passaram a ditar o ritmo das atividades humanas, embora o ludismo não tenha concordado pacificamente. Por outro lado, foi estabelecido um fluxo de trabalho contínuo, no qual o tempo passou a ser rigorosamente fatiado entre o trabalho, o descando para o retorno ao trabalho e as férias – quando possíveis. Logo, os ponteiros dos relógios são as flechas que nos dizem o que devemos fazer e quando devemos fazer – compromissos, ordens, especulações, trabalho, lazer, tudo aponta para nós. Mesmo o prazer, se assim quisermos, atende uma estética que nos coordena desde que Ford inventou a linha de produção.

No filme O Exterminador do Futuro 2 (1), T 1000 transforma seu dedo indicador em um punhal mortal que trespassa a cabeça uma de suas vítimas, uma inocente dona de casa. Não deixa de ser curioso que quando buscamos saber as horas, os relógios analógicos apontem contra nossos corpos suas lâminas de ponteiros. Somos uma civilização dura: não faz muito tempo que nos demos conta de que o mundo e seus fenomenos funcionam em rede e que, efetivamente, o todo não pode  ser entendido, a não ser equivocamente, como a adição de suas partes constituintes. Contudo, apostamos teimosamente no poder lógico da reta, embora saibamos que ela não existe, de per si, na natureza. Retas são invenções humanas, mas não prestamos muita atenção no que o mundo tenta nos mostrar, ocupados que estamos em submetê-lo aos nossos interesses.

Somos especialistas, medimos, tornamos a medir, baseamos nossas vidas em dinheiro, consumo e em volatilidade. Esquecemos, por exemplo, que materias primas são  igualmente voláteis e, muitas vezes, não renováveis. Por agirmos assim, atendemos a parâmetros que não prestam atenção aos entornos, aos limites, às consequencias. Desperdiçamos energia. Vinte por cento da humanidade consome oitenta por cento da energia produzida pelo planeta, mas tratamos de tal assunto como se fossemos assistir a um desfile de Gauthier.

Rompemos cadeias alimentares e ecossistemas e pretendemos que não haja consequencias; focamos nossos esforços quanto as concessões de direitos, mas somos muitas vezes precários interpretadores dos deveres. Para obter lucros, tornamos áreas agricultáveis praticamente estéreis à outras espécies, porque estimulamos a monocultura e deixamos de explorar outras culturas voltadas diretamente para a alimentação. Destruímos matas nativas e não as reflorestamos na mesma proporção.  Os exemplos se multiplicam e, assim como os ponteiros dos relógios, apontamos laminas contra nossa maior casa, nosso planeta. Obstinadamente nos aferramos a uma visão menor de mundo, e os modelos políticos igualmente não tem demonstrado capacidade e feedbarck para lidar com tais problemas, envolvidos que se encontram com suas próprias idiossincrasias. É um mundo sem perguntas, apenas seguidor de modelos. Genericamente o papel de predadores históricos e sociais sempre nos caiu muito bem.

 Se observarmos, contudo, veremos já sinais de que as mudanças começam a trazer resultados práticos; de um certo modo é como se uma nova consciência se tivesse instalando lentamente. A consciência de que não podemos continuar a tratar as situações de modo isolado, nem de que podemos permitir visões parcialistas em termos uma noção do todo que está envolvido. Esses movimentos de rede acontecem especialmente nos países nórdicos, nos quais o nível de qualidade de vida já é bastante evoluído, e a renda per capital é distribuída de forma mais equitativa. Por outro lado, as organizações não governamentais cada vez mais buscam soluções que se dão através de projetos que necessariamente não precisam do capital estatal – e, portanto, da submissão direta ou indireta aos governos dos diversos países. Isso configura um substrato alentador, e permite que tenhamos possibilidades claras de um desenvolvimento auto-sustentável. Assim como os processos de globalização, essas entidades igualmente agem em nível mundial. Alguns exemplos conhecidos são o Greenpeace, o WWF, os Médicos sem Fronteiras, além dos tradicionais, como a Cruz Vermelha e assim por diante. O mesmo movimento socialmente garantidor e ecologicamente marcado ocorre e se multiplica em países que são tradicionalmente poluidores, como os Estados Unidos. A China, contudo, embora seja uma das maiores emissoras de gases poluentes do mundo, tem o escudo do crescimento economico e um regime político que não permite maiores voos em termos de organizações civis.

De todo modo, se nos acostumamos com as lâminas, talvez estejamos vivendo um momento em que finalmente nos acordamos para a realidade , e ela nos aponta para um futuro incerto e dramático se persistirmos pensando políticas internacionais como se estivéssemos no início do século XVII. Embora tenhamos possibilidade de nos filiarmos ou nos refugiarmos em vários movimentos e ideologias políticas, isso se revela insuficiente. Se os grandes dinossauros ainda permanecem íntegros na economia mundial, temos de aprender a conviver com eles e insistirmos no sentido de melhorar a vida de milhões de pessoas. E isso tem ocorrido através de três eixos principais: uma educação ética, a organização da sociedade civil e instrumentos públicos que cerceiem as possibilidades reais do exercício da estupidez institucional. É para esses três eixos que devemos estender nossas redes de atenção plena.

 

(1) O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991),  original Terminator 2: Judgment Day é um filme cujo diretor é John Cameron, continuação de The Terminator, de 1984.  O andróide citado é no post é T 1000, que tem a missão de matar John Connor. T 100o é de metal líquido, podendo assumir multivariadas formas.